Num hotelzinho barato que fiquei hospedado, enquanto eu fechava a minha matéria no indesign, toda diagramada... foi passando pela minha cabeça tudo o que eu havia vivenciado em Santa, esse bairro de rica diversidade cultural, de tantos valores, aquelas imagens em flashs permaneciam na minha cabeça, peguei meu violão e dá uma olhada no que saiu:
Olhos de Santa
Nome de santa, olhos de quem vê
Ora me alcança a dança do bar
Olhos de lança, corre quem me vê
Ora se cansa de tanto viver
Não existe hora certa, a gente volta e acerta
Tanto faz se conserta ou concerta? A gente tenta entender
Sabe que o sacrifício é um osso do ofício pretendente a nascer
Perderemos o vício de olhar o conceito e impor o "pré" desse jeito
Sabendo que não é de todos o "pri"? O "pre"?... vilégio
Nome de santa, olhos de quem vê
Ora me alcança a dança do bar
Olhos de lança, corre quem me vê
Ora se cansa de tanto viver
Preferência é nada mais que um mito
Aquele jeito esquisito de falar e pensar
Ganhar no grito na feira tem lugar: não é pra agora, é pra viagem! Não faz mal
Três pastel de carne com garapa engarrafada a dois real
A moça falou que o padre falou de um louco sadio
Que não aguentou, saiu do Brasil e foi morar por ali
Nome de santa, olhos de quem vê
Ora me alcança a dança do bar
Olhos de lança, corre quem me vê
Ora se cansa de tanto viver
Nome de santa, olhos de quem vê
Ora me alcança a dança do bar
Olhos de lança, corre quem me vê
Ora se cansa de tanto viver